“A gente não quer ser chamado de herói, só quer ter nosso trabalho valorizado”, dizia a frase impressa em panfletos espalhados por toda a cidade de São Paulo, anunciando a paralisação dos trabalhadores que fazem entregas para aplicativos delivery. Com a hashtag #brequedosapps, milhares deles foram convocados para participar, ontem (1), de um ato histórico para a categoria em São Paulo.
A ideia foi fazer as empresas que lucram com as entregas por aplicativos sentirem no bolso aquilo que os entregadores sentem todos os dias, por isso entre as pautas estão o aumento do valor final nas taxas de entrega por Km, além do aumento da taxa mínima para valer os dias de pouco movimento e fim dos bloqueios e desligamentos dos trabalhadores de forma indevida, além da volta daqueles que foram bloqueados.
Para aplicativos específicos como o Rappi haviam pautas como o fim da pontuação e restrição de local, que obriga os entregadores a trabalharem fim de semana para conseguir juntar os pontos necessários para o restante dos dias.
O seguro de vida, acidente ou roubo também foi um dos temas colocados na mesa, já que as empresas de aplicativos não se comprometem com consequências que a função pode trazer aos trabalhadores. Ainda no tópico da segurança no trabalho, em tempos de pandemia há a exigência de Equipamentos de Proteção Individual e auxilio doença caso algum entregador fique doente.
O ato contou com milhares de trabalhadores e teve início na região da Av. Paulista, seguindo trajeto até a Ponte estaiada no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo. Já acompanhamos a luta diária destes trabalhadores em uma reportagem especial, leia aqui.
Confira a cobertura do ato nas lentes de Isabela Naiara e Pablo Washington que cobriram a luta dos entregadores para o Fotoguerrilha:
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