Por: Wagner Maia
Este ensaio intitulado “homem e natureza” demonstra a sensibilidade da natureza diante das ações do homem em seu habitat. O cenário dessas sensibilidades é Angra dos Reis, conhecida como um dos locais mais paradisíacos do Brasil e quem sabe do Mundo. Os encantos naturais se deparam com as ações humanas, que por hora, podem contrastar em perfeita harmonia, mas por outra, entra em conflito diante do desequilíbrio causado pelo homem.
Acreditar que o fotógrafo ou fotógrafa possam captar uma parte do momento atual de um cenário qualquer, é expressar as diversas sensibilidades do desequilíbrio ou equilíbrio que nós seres humanos podemos causar a natureza. Angra dos Reis exemplifica esse contraste. Com fabricações do século XIX, (Igreja de Freguesia de Santana Church) criada em 1843, monumento religioso mais importante de Ilha Grande, onde em séculos anteriores o lugar foi capaz de ser um importante centro industrial e agrícola, com fabricação de cana de açúcar, água ardente e legumes no século XVII. Hoje, a igreja convive com o abandono e sátira dos visitantes.
Ao chegar à ilha, me deparei com dizeres “não vou ver igreja antiga, se fosse um boteco antigo eu iria”, dito por uma das visitantes. A sátira demonstra que não somos acostumados a preservar e valorizar nossa história, em diversas ilhas fotografadas, percebe-se que o lixo é uma constante ameaça ao habitat natural de Angra dos Reis, somado a má administração de diversos governos, a cidade amarga o contraste entre homem e natureza.
Este ensaio tenta captar esse contraste e demonstrar que acima de tudo a natureza eis sempre maior que nossas ações.