Quando morar é um privilégio, ocupar é um direito

Texto por Vinícius Ribeiro e Fotos por Bárbara Dias.

Rio de Janeiro: Na sexta (22) enquanto cobríamos o ato LGBT uma senhora veio até mim e contou que na noite anterior um prédio da prefeitura na Av. República do Paraguai(centro) tinha sido ocupado por moradores em busca de moradia. Ela falou que eles precisavam de mídia no local para dar visibilidade e consequentemente proteção à ocupação.

Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha

Após o final do ato, eu e os companheiros do Coletivo Fotoguerrilha fomos até lá. A ocupação era pequena e consistia em maioria em camelos que dormiam nas praças próximas ao prédio. A Guarda Municipal estava na entrada junto com a Polícia Militar, para impedir que as pessoas do lado de fora entrassem no prédio ocupado. Alguns manifestantes que estavam no ato também foram apoiar a ocupação.

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Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha

Depois de algum tempo, mais policiais chegaram e conversaram com os ocupantes, e um deles teria dito que o Batalhão de Choque poderia chegar para os retirar dali a qualquer momento, e que usariam de truculência para isso, diante disso os ocupantes, que eram um grupo pequeno, decidiram sair. A expressão no rosto deles enquanto saiam era muito triste. Mais uma noite aqueles trabalhadores e aquelas crianças passariam na rua, enquanto aquele prédio continuaria vazio e sem nenhuma utilidade.

Vale destacar os manifestantes que saíram do ato LGBT para apoiar a luta do pessoal na ocupação e ficaram até o final, eram manifestantes Antifa (anarquistas e comunistas), estudantes independentes e moradores da casa Nem.

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Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
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Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha

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