Texto por: Wagner Maia
Fotos: Ana Júlia, Bárbara Dias, Kauê Pallone, Vinícius Ribeiro e Wagner Maia.
O ano de 2017 trouxe vários momentos de lutas políticas e em grande parte delas, nosso coletivo estava lá registrando, por esse motivo, surgiu a ideia de fazer uma retrospectiva de nossas coberturas. Alguns desses trabalhos marcados inclusive por lutas bastante radicalizadas pela resistência popular, em reação a opressão do braço armado do Estado, sempre usando na repressão extrema agressividade e covardia contra o povo.
A resistência contra a opressão policial durante um ato contra a venda da CEDAE, no centro do Rio de Janeiro. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Lágrimas ao vento e ônibus queimados, 2017 será ano que não vai terminar. Foram lutas perdidas, movimentos sociais criminalizados e principalmente direitos trabalhistas dilacerados. O Rio de Janeiro deu a tônica nessa soma de lágrimas ao vento, com salários do funcionalismo atrasado, terceirizados sem receber e uma Universidade de ponta e de altíssima qualidade, quase fechando as portas. Mas, como diz o ditado nos movimentos sociais, “A UERJ RESISTE”.
Ocupa Brasília, em maio de 2017. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Foi um ano que o que é público se tornou privado e o que é privado, se tornou cada vez mais privado. Privado de direitos, de sorrir, de dizer o que pensa em prol dos mais necessitados. Foi tempo de lutar pela liberdade de Rafael Braga, único preso remanescente das lutas de 2013 e símbolo da opressão que o povo negro e o jovem da periferia sofre através da arbitrariedade do Estado e sua polícia.
Mulheres na luta contra os retrocessos. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Ano de modinha, onde ser “bolsominion” é ser diferente e “legal”, dizer que mulher ganhar menos que homem é “legal”, das polêmicas de que Pabllo é pior que Freddie, mesmo ambos sendo cantores de mesma orientação sexual, onde o primeiro desconstrói estereótipos de masculinidade, que às vezes faz os gays serem mais “aceitos socialmente”.
Na greve geral, dia 28 de abril, diversos ônibus foram queimados no centro do Rio de Janeiro, em protesto às reformas do governo. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
É, foi um ano de muitas perdas, mas o que nos restou desse ano de lamúria?
Restou uma resistência nas ruas, lutamos pela CEDAE, pelas Greves Gerais, lutamos pelos direitos trabalhistas, que foram perdidos por um bando de 513 seres humanos, onde a maioria eram homens fazendo política contra a população. Lutamos pela descriminalização da maconha e do aborto, estivemos nas ruas com a mulheres num ato do 8M inesquecível, lutamos contra a cura gay, pela liberdade de culto religioso e contra a intolerância religiosa crescente… Foi um ano de estar nas ruas, estar com as lentes atentas e calibradas para captar cada momento.
Foi ano de manifestações contra o presidente Temer. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Nas lentes das fotografas do Fotoguerrilha, fomos a Brasília cobrir uma batalha épica, cobrimos as lutas antifascistas em SP, nas lentes dos que ficaram no Rio, cobrimos batalhas contra o governo Pezão e companhia.
É meus amigos, o Coletivo Fotoguerilha cresceu, mudou e agora dá novos passos, e lutando por direitos trabalhistas, pelas lutas sociais e contra qualquer tipo de repressão as minorias políticas e sociais. Somos resistência em movimento e uma luta permanente, somos Fotoguerrilheiras e Fotoguerrilheiros, com lentes apuradas e braços abertos para os mais necessitados.
Somos uma família Fotoguerrilha em Movimento.
Confira mais imagens de nossa cobertura durante o ano de 2017:
Manifestantes durante protesto para barrar a venda da CEDAE. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Revolta nas ruas, em primeiro ato dos servidores públicos do Rio de Janeiro no ano de 2017. foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
Manifestante chuta retrovisor em carro de deputado, em manifestação dos servidores no Rio. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Servidores da CEDAE em luta. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Em mais um ato contra a privatização da CEDAE. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Manifestação contra a venda da CEDAE no Rio de Janeiro. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Policiais atingem a si mesmos com bombas de gás em ato contra a privatização da CEDAE. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
8M, mulheres em luta contra os retrocessos. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Repressão após ato em frente à CEDAE, no Rio de Janeiro. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
Repressão após ato em frente à CEDAE, no Rio de Janeiro. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Funcionários da CEDAE em luta. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Resistência do povo contra a repressão policial em ato dos servidores públicos do Rio de Janeiro. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Repressão contra os trabalhadores em mais um ato contrário às privatizações. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Rio de Janeiro na Greve Geral que ocorreu em todo o Brasil, em 28 de abril. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Mais um registro da Greve Geral. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
A greve geral deixou o centro do Rio de Janeiro em chamas. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Rio de Janeiro na Greve Geral que ocorreu em todo o Brasil, em 28 de abril. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Greve Geral no Rio de Janeiro. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Mais um registro da resistência na Greve Geral. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Greve geral deixa a Lapa em chamas. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Estudantes secundaristas em luta, no mês de maio, no Rio de Janeiro. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
O dia em que Michel Temer decidiu não renunciar. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Quando Michel Temer decidiu não renunciar ao cargo depois de denúncias contra ele, Rio de Janeiro foi palco de luta. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
Manifestantes se feriram com a repressão policial. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Temer não renunciou, o povo do Rio de Janeiro foi às ruas. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Em 30 de junho, uma nova greve geral foi promovida por todo o Brasil. No Rio de Janeiro também houve luta.. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Em 30 de junho, uma nova greve geral foi promovida por todo o Brasil. No Rio de Janeiro também houve luta. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Talvez o destaque das lutas sociais neste ano tenha sido o caso Rafael Braga, no Rio de Janeiro, a campanha pela liberdade de rafael fez diversos atos importantes pela cidade. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Talvez o destaque das lutas sociais neste ano tenha sido o caso Rafael Braga, no Rio de Janeiro, a campanha pela liberdade de rafael fez diversos atos importantes pela cidade. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
Intimidando manifestantes e sendo o braço repressor do Estado, a PM praticou sua violência em praticamente todos os atos que cobrimos. Foto: Vinícius Ribeiro/Fotoguerrilha
Um exemplo da arbitrariedade policial durante o ato contra o pacote de maldades do governo Pezão. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Caminhão lança jato d’água em manifestante durante a luta contra as medidas de austeridade do Governo Pezão. Foto: Wagner Maia/Fotoguerrilha
Mas não faltou resistência! Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Teve luta contra a intolerância religiosa. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
E marcha da maconha _\|/_. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
As mulheres continuaram sua luta, desse vez ocupando as ruas para lutar pelo direito ao aborto. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
Também estivemos na luta contra a cura gay. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
Também estivemos na luta contra a cura gay. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha
Os servidores continuaram a resistir até o final do ano em uma luta contra o sucateamento do Estado e a crise dos salários atrasados. Foto: Kauê Pallone/Fotoguerrilha
Os servidores continuaram a resistir até o final do ano em uma luta contra o sucateamento do Estado e a crise dos salários atrasados. Foto: Bárbara Dias/Fotoguerrilha
A luta por moradia não deixou de ser pauta, estivemos acompanhando a repressão contra o povo sem teto que segue na luta. Foto: Ana Júlia/Fotoguerrilha